1. O que há na performance para que todos a usem e ninguém a queira? O que há na América Latina e no nordeste brasileiro para que todos os usem e ninguém os queira? A não ser nós que na prisão do desejo e abuso alheio, reinventamos o corpo e seus territórios usando sua força ácida e sua ação atômica para fundir as fronteiras, aproximar toques e derramar sobre o mar dos olhos colonizados o grosso petróleo dos corpos solvidos no esforço político de pensar os próprios órgãos, o próprio desejo.
2. Estar em performance é um esforço para ser sincero ao próprio corpo sendo contraditório. Cruzar a fronteira, retirar a fronteira dos cruzamentos. Esforço de ser e estar e been together.
3. Se existem vários corpos no teatro e na dança, a performance seria a mina sob a terra que despedaça e funde esses corpos na explosão.
4. A performance se instaura como um movimento complexo de contaminação que se adapta ao ambiente e seus indivíduos, acoplando-se aos corpos como próteses distintas, faces de interação entre corpos, e entre os corpos e o espaço. A performance é sempre um esforço de amputar-se e acoplar-se.
5.A performance como um esforço político de não conter-se em si. De pensar como somos somos nós. De sermos o movimento entre nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário